quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O CUIDADO ESTÁ PRESENTE?

O CUIDADO ESTÁ PRESENTE?



Outro dia numa assessoria sobre Espiritualidade da Libertação Juvenil e Ecologia, uma jovem, me perguntava: "Estamos vivendo um caos em São Paulo, caos este já vivido e experimentado a anos por nossas irmãs e irmãos nordestinos, que é a questão da falta da água. Essa falta é resultado de não cuidarmos direito dos recursos naturais do planeta Terra e o que isso influencia na nossa espiritualidade?".
Não só do descaso em cuidarmos direito dos recursos naturais da Terra, mas também do descaso em cuidarmos de nós mesmos, uns dos outros. Um cuidar está ligado ao outro cuidar.
Há dois paradigmas para entendermos tal problemática: o primeiro é o da conquista - desde o século XVI até os dias atuais: conquistar terras, conquistar povos, conquistar tudo o que é possível no planeta inteiro foi a ordem bem obedecida, porém se conquistou devastando a Terra e todos os seus recursos e exterminando seus povos, de tais conquistas vieram o caos, sob o nome de mudanças climáticas. Ela é um organismo vivo, se ela morre, morreremos com ela. O oposto ao paradigma da conquistá é o paradigma do cuidado! O cuidado cura as feridas passadas e impede as feridas futuras, é uma relação amorosa, protetora com a Natureza, uma nova forma de organizar a nossa relação com a Terra. O cuidado derruba muros e barreiras e constrói pontes.
Nos últimos 50 anos, por exemplo, o cuidado esteve presente em nossas relações afetivas? O cuidado esteve presente nas nossas relações pastorais, comunitárias e em sociedade?
Infelizmente, precisaremos reconhecer que muitas foram as vezes que o egoísmo e o individualismo levantou muros e barreiras, e há em nosso meio, várias pessoas que querem manter isso em evidência.
O cuidado com o próximo, com a Natureza é urgente e necessário.
Do cuidado dependerá nossa sobrevivência.
E cuidar se inicia nas pequenas coisas: um bom dia, um boa tarde, um boa noite, por favor, como vai, sente-se aqui, deixa que eu pego para você...
E vai se estendendo no desenrolar dos dias.
Conversando outro dia com uma amiga, que não via a cinco anos, ela me dizia, que havia saído do estado onde ela morava e tinha ido morar em outro estado, envolvida com uma pessoa, e o relacionamento acabou não dando certo e precisou retornar para a sua terra natal; foi recebida com muito carinho e amor por seus familiares, mas não teve a mesma acolhida na Pastoral da Juventude, nem no grupo da paróquia de origem, nem pela equipe diocesana, o que a desmotivou em continuar se doando por esta pastoral social. Ela me disse que não queria voltar para os cargos que tinha quando precisou sair, nem tomar o lugar de ninguém no grupo de base ou na coordenação diocesana, ela só queria ter sido bem acolhida, e não o foi. Ela me confidenciou: "Quando eu estava no outro estado, viviam me mandando mensagens, dizendo que eu estava fazendo falta, que estavam com saudades, e que eu era importante para a caminhada. Agora que estou aqui, não sou convidada para nenhuma reunião, nenhum encontro e naqueles que consegui ir, via que os/as coordenadores/as estavam incomodados/as com a minha presença. Eu me doei tanto por esta pastoral, e a amo ainda, mas não vou ficar em um lugar que não me acolhem, falam de mim pelas costas, me caluniam, e não me aceitam como eu sou!".
Fiquei preocupado com esse desabafo, pois, acredito, que essa não é uma situação isolada, ela tem acontecido com outras pessoas, com outros/as jovens, em todos os cantos do país.
Vi claramente nesta fala sofrida, que ela ainda ama a PJ, mas não dará mais prioridade para a mesma por falta do afeto, por falta do carinho, por falta da atenção que não dispensaram a esta liderança. Somos seres de toque, somos seres de encontro e de diálogo, porém, quando o respeito não se faz presente, o cuidado desaparece e todos, todas nós sofremos.
Quantos participantes de grupos de jovens, militantes e assessores não estão na mesma situação desta minha amiga? Sentem que podem ajudar, que podem colaborar, mas por não serem acolhidos como deveriam, ou por serem mal interpretados, são colocados para escanteio, muitas vezes, por ciúmes e inveja. É preciso estar atento a isto. Uma pastoral, uma comunidade que não cuida dos seus colaboradores não é pastoral, não é comunidade. Uma pastoral, uma comunidade que não se preocupa com aquele, aquela que se afastou, por inúmeros motivos, não é pastoral, não é comunidade. Uma pastoral, uma comunidade, que se preocupa mais com o poder do que com o bem viver de todos os seus membros não é uma pastoral, não é comunidade. O Moreno de Nazaré procurou sempre em sua vida mostrar que unidos, juntos, eram mais fortes, mesmo sendo tão diferentes. Eis o segredo de uma pastoral, de uma comunidade, de uma Igreja forte: conviver com as diferenças. Uma Igreja que se quer mais humana, mais pobre, portanto, mais viva e profética deve cuidar para que haja de fato uma harmonia, diálogo, encontro e respeito. É a grande demonstração de cuidado.
Por querer cuidar da Natureza eu escrevi assim:

SABER CUIDAR

o ser humano é o responsável
pela sobrevivência do planeta
ele não é apenas mais um animal
não está acima do bem ou do mal

e a chuva cai sem parar
e a enchente já levou tudo
levou os sonhos e a esperança
só ficou o choro da criança

saber cuidar...saber cuidar...
é o que a canção pode ensinar...

até quando por erros iremos pagar
por aquilo que não compramos
que de graça recebemos
e que ainda não sabemos amar

o ser humano é o responsável
pela paz e felicidade das nações
pela sustentabilidade da Terra
pela bela e pela fera

saber cuidar...saber cuidar...
é o que a canção pode ensinar...

Somos todos, todas responsáveis por tudo aquilo que fazemos de bom ou de mal a nós mesmos e a Terra.
Somos todos, todas responsáveis pelo cuidado em nossas Comunidades Eclesiais de Base, em nossas Pastorais da Juventude, em nossas relações profissionais, em nossas relações afetivas.
A ética do saber cuidar é uma ética do ser humano em compaixão pela Terra.
Saber cuidar é olhar o mundo e as pessoas com o mesmo olhar do Moreno de Nazaré.
Saber cuidar é fazer valer a opção pelos pobres, pelos jovens, que continua atual e necessária, pois o Povo de Deus, ainda passa sede, fome, é exterminado, é excluído, é marginalizado.
Saber cuidar é fazer do sonho do outro mundo possível uma realidade.
Saber cuidar é abraçar todos os dias a quem não se conhece, mas que está ali, do seu lado, pedindo a sua atenção, o seu carinho.
Saber cuidar é abraçar todos os dias a quem não está mais na mesma caminhada, no mesmo grupo, na mesma pastoral, levando carinho e atenção.
A ecoespiritualidade do cuidado exige de nós, seres humanos uma atitude de oração e ação. Oração é apenas oração. Não é pedido, não é agradecimento, apenas oração. Deixar Deus falar e ouvir em silêncio. Aprenderemos a cuidar um pouco melhor de nós, das outras pessoas e da Criação.
Essa ação por que dela se inicia uma caminhada que o levará ao martírio.
E com o sangue de nossos/as mártires não se brinca!
Saber cuidar é aceitar de coração aberto as críticas que são feitas. Afinal, quem não aceita críticas não serve para trabalhar em equipe, não pode estar na pastoral nem na comunidade.
Saber cuidar é realizar o sempre novo mandamento dado pelo Moreno de Nazaré: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!".
Saber cuidar é saber amar.
Quem cuida ama.
Quem ama cuida.

Emerson Sbardelotti
Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Assessora grupos de jovens nas áreas de mística e espiritualidade.

ESPIRITUALIDAD DE LA LIBERACIÓN JUVENIL

Ameríndia Continental em dezembro de 2014 publicou em seu site oficial o meu mais novo livro. Abaixo segue o prefácio feito pelo querido amigo e irmão Marcelo Barros.
O original em português será publicado pelo CEBI.
Vamos aguardar.

Abreijos com fraternura.

Emerson Sbardelotti


ESPIRITUALIDAD DE LA LIBERACIÓN JUVENIL - Emerson Sbardelotti

Prefacio

Invitación para una aventura

Marcelo Barros

Todo libro es una conversación entre el autor y las personas que lo leen. Algunos libros hacen eso tan bien que tú te sientes como en una rueda de diálogo,  aunque, en el libro, no se puedan responder las preguntas que surgen. Algunos autores tienen el don de conducirnos por un viaje de descubrimientos y nuevas experiencias. Tu que, ahora, tomas este libro en tus manos sobre “Espiritualidad juvenil liberadora” debes saber que, con el, puedes entrar en una bella aventura, pero exigente. Esta aventura es narrada de tal modo, que tú puedes sentirte parte de la historia. A través de una reflexión que rescata varios textos sobre Teología de la Liberación y Espiritualidad, Emerson Sbardelotti nos invita a profundizar una Espiritualidad Liberadora, a partir de la realidad y de la sensibilidad de la juventud actual.

Espiritualidad no es un término bíblico. Fue San Gregorio de Nissa, padre de la Iglesia en el siglo IV, que tradujo en griego pneumatiké por la palabra latina spiritualitas y la explicó con una expresión del cuarto evangelio: “es una vida dirigida por el Espíritu”.

Durante muchos siglos, en las Iglesias cristianas, la Teología consideraba la Espiritualidad como la práctica de algún tipo de  devociones o experiencias místicas particulares. Aunque se respetaron las diversas escuelas y tratados de espiritualidad, no se asumía como un tema importante. Fue la Teología de la Liberación, en América Latina, que rescató la Espiritualidad como el corazón del eje principal e la práctica teológica y pastoral. Fueron teólogos latino-americanos, como Gustavo Gutiérrez, Leonardo Boff e Jon Sobrino, que recordaron expresiones de los padres de la Iglesia Oriental, en el siglo IV y afirmaron: “La teología debe comenzar  a practicarse de rodillas, esto es, una actitud de oración y afecto espiritual”. Desde los años 80, eso provocó varios libros específicos sobre Espiritualidad de la Liberación, algunos de los cuales ustedes encontrarán citados y comentados aquí en los capítulos del libro de Emerson Sbardelotti.

Es como experimentar la búsqueda y profundizar en la intimidad de Dios, alcanzada por los cristianos siguiendo a Jesús, en el camino amoroso. Sin embargo, la propuesta es vivir esto plenamente sumergidos/as con el compromiso de la liberación de los labradores, indios, comunidades afrodescendientes, trabajadores urbanos, desempleados, la población empobrecida de las zonas suburbanas, así como en la lucha de las mujeres, de las minorías sexuales (LBGT) por la igualdad de los derechos y la plena liberación. Esta Espiritualidad Liberadora no puede ser la excepción, una especie de agregado a las luchas de la liberación. Tanto las luchas de liberación cambian e influencian en el modo de vivir la Espiritualidad, como esta nos da una contribución específica y propia a la caminata social y política transformadora. La propuesta es que la caminata de la liberación se constituya, en sí misma, como camino de intimidad con la energía amorosa que las religiones llaman de Dios y a la cual Jesús se refería como “Padre de amor maternal” y que, al mismo tiempo, esa opción de fe y de amor se traduzca en una nueva manera de vivir el compromiso social y político liberador. Está claro que esto no es un proceso espontáneo, ni se da apenas por alguna teoría revolucionaria a ser probada. Es un camino místico e íntimo (lo que no quiere decir que intimide) a ser desenvuelto en lo concreto del día a día y esto pide un método y un cuidado que tiene que ser permanentemente cultivado y desenvuelto.

Al abordar la Espiritualidad de la liberación, siempre tenemos que referirnos al modo histórico de como Jesús vivía su fe y su relación con el Padre y  de su proyecto en el mundo. En esta línea, este libro está situado en la grande y bella tradición de la teología latino-americana y de la espiritualidad de la liberación que siempre se caracterizó por estar profundamente centrada en un Jesús histórico ..  De manera diferente de la teología europea que contrapone un Jesús histórico al Cristo de la fe, los escritos de la caminata de la liberación reconocen esa distinción, pero no se preocupan tanto con eso y si en, partir de la realidad presentada en los evangelios y recuperar la densidad teológica y espiritual de Jesús de Nazareth para nuestro modo de ser cristiano aquí y ahora, en la realidad concreta del continente latino-americano.

De hecho, para quien todavía piensa a los místicos como personas aéreas y con una sensibilidad diferente de los seres humanos como tú y yo, es satisfactorio este escrito y, por detrás de las palabras, ver el testimonio de fe y vida de este hermano que nos regala ese libro. Conocí a Emerson Sbardelotti aún joven en  Vitória, ES, comprometido en la Pastoral de la Juventud e en el CEBI. Desde el principio, sentí su sensibilidad que vibraba con la caminata de la Iglesia en el medio de los oprimidos. El martirio de Don Oscar Romero  y el testimonio de la Iglesia de los pobres lo tocaron de forma profunda y movilizadora. Leí los dos libros que Emerson escribió anteriormente. Ahora, él nos ofrece una reflexión sobre la Espiritualidad de la Liberación Juvenil. Parte de la realidad de la juventud actual y del proceso de educación de la fe. Refleja las relaciones entre una espiritualidad presente en la caminata de la juventud y la Espiritualidad de la liberación. Y encierra la reflexión con un capítulo sobre la Eco espiritualidad, camino para nosotros y para las Iglesias.

Como toda buena reflexión teológica latino-americana, ese libro parte de la práctica. Emerson entrevistó varios jóvenes sobre el tema. Empezó a escribir el libro en un congreso de teología y lo finalizó en un encuentro sobre la espiritualidad liberadora y juventud. Seguramente, el maestro Don mestre Hélder Câmara, se quedaría feliz al leer este libro. El predicaba: “El Espíritu Divino dio al ser humano el poder y la responsabilidad  de no conformarse con el sufrimiento y con el dolor inocente, pero, al contrario, nos enseñó a luchar contra la injusticia. Este es nuestro deber.”  .

A ti que ahora vas a aventurarte en estas páginas, el libro te invitará a vivir el compromiso liberador en el seguimiento actualizado de Jesús. Seas de la Iglesia que seas, o aunque actualmente, no pertenezcas a ninguna creencia, al meditar sobre la espiritualidad liberadora juvenil, descubre como vivir el aprendizaje de un amor universal. En un mundo cada vez más pluralista, la espiritualidad liberadora debe hacer de cada uno/a de nosotros, un “ser humano universal”, como sugería el padre Ernesto Balducci, filósofo italiano. Él nos enseñaba que los profetas y los místicos ya viven, de lo particular, a lo universal pluralista. Que Dios realice en nosotros lo que afirmaba Ibn Arabi, místico islámico del siglo XII: ‘Así es el hombre universal, que lleva en él la semilla de todos los seres y es capaz de abarcar toda la verdad”. Sin duda, quien es joven recibe, más que un adulto ya formado en sus costumbres de vida, esa vocación y apertura a lo humano y al universo.


Y a ti que empiezas ahora a leer, buena lectura y, principalmente, que esas palabras se vuelvan realidad en tu forma de vivir, de relacionarte y de actuar. De esta manera, nos volvemos cada vez más humanos como Jesús. Ese proceso no es el resultado del esfuerzo humano. Es la gracia divina. Pero, para recibirla, precisamos dejarnos llevar por el Espíritu que “sopla donde quiere, se escucha su voz, pero no se sabe a dónde va ni de donde viene”. A  nosotros, cristianos, él susurra  el nombre de Jesús. Pero, nos lleva también a otros nombres que son sinónimos de amor y paz, en las más diferentes religiones y en las más diversas culturas. Que riqueza. Ningún mortal puede amordazar el viento. Como, en el siglo IV, escribió Agostinho: “Señálenme alguien que me ame y el sentirá lo que estoy diciendo. Dame alguien que desee, que camine en este desierto, alguien que tenga sed y suspire por la fuente de la vida. Muéstrame esa persona y ella sabrá lo que quiero decir”.

Para baixar o livro em pdf gratuito acesse:

http://www.amerindiaenlared.org/biblioteca/6593/espiritualidad-de-la-liberacion-juvenil--emerson-sbardelotti

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O NOVO SEMPRE PROVOCA MEDO E TEMOR!

O NOVO SEMPRE PROVOCA MEDO E TEMOR!




Jean Paul Sartre já dizia que “Somos condenados a sermos livres!”, e com isso, na contramão deste pensamento, todo mundo ama somente a si mesmo e despreza o coletivo. O novo sempre provoca medo e temor!
Quem não quer ser criticado não participa de equipe nenhuma; quanto mais uma pessoa grita para impor sua ideia, seu argumento sempre será de ruim para péssimo; quanto mais desejar ser perfeito, mais arrogante será. O indivíduo só xinga o outro por causa do mal que há em cada um, cada uma de nós. O novo sempre provoca medo e temor!
De 1979 a 2013 se viveu na Igreja, ao mesmo tempo, deserto e inverno. Foram 34 anos de função ao invés de missão. Foram os tempos da infantilização e da clericalização dos leigos e leigas. Foram 34 anos errando..., ao invés de fazerem profetas e profetisas, fizeram príncipes e princesas medievais. A missão vêm antes da função. Quando isso não acontece, se perde o respeito, o diálogo e o encontro. Se edificam muros ao invés de pontes. Prefere-se o poder ao invés do carisma. O novo sempre provoca medo e temor!
Digo tudo isso depois de ler algumas entrevistas e pronunciamentos de Francisco. Em sua humildade e querendo estar próximo de todo o rebanho e ter o cheiro das ovelhas espalhadas pelo mundo, especialmente os pobres e os jovens, por muitas vezes já mostrou que ele não gosta de ser chamado de Sua Santidade, Pontífice, Santidade, mas simplesmente de padre Jorge ou pelo Projeto de Igreja que assumiu: Franciscus (Francisco). Não colocou o número romano I depois do nome pois não é um imperador, mas um pastor; um pastor vindo do fim do mundo. O novo sempre provoca medo e temor!
Na última Jornada Mundial da Juventude, acontecida no Rio de Janeiro em 2013, muitos jovens tradicionalistas, de tendência carismática e outros, gritavam a plenos pulmões: “Nós somos a juventude do Papa!”. Eles esperavam, como todos nós, a vinda do Papa emérito Bento XVI, e recebemos Francisco. Até a presente data, não se sabe o que fazer com Francisco, pois ele não quer uma Igreja fechada em si mesma, mas uma Igreja para fora, em missão, e isso incomoda muita gente. E Francisco irá dizer: “Não quero juventude do Papa, mas quero uma juventude para fora da Igreja, perto, com e ao lado dos pobres!”. O novo sempre provoca medo e temor!
Por causa do Projeto de Vida que Francisco representa é que querem assassiná-lo. Há vários sites no Brasil, de fundamentalistas e fanáticos pela Igreja da Cristandade, que pede “a Deus que leve logo embora este papa!”. Toda vez que Francisco lê os Evangelhos, muitos, muitas, sabem que virão ideias de mudança por aí. O novo sempre provoca medo e temor!
Hoje dia 17 de novembro de 2014, comemora-se os 49 anos do Pacto das Catacumbas, que deveria ser retomado e adaptado aos dias atuais. Acredito que teríamos um número menor do que aqueles que em Roma o assinaram originalmente, mas a fiel esperança deve prevalecer mesmo quando se está cansado, ferido e machucado. Tudo o que é maravilhoso, tudo o que é feito em mutirão, está na comunhão. O Pacto das Catacumbas nos convida hoje a olharmos o mundo de outra perspectiva: a misericórdia.
“É necessário sairmos de nós mesmos, pois evangelizar é a missão da Igreja, não só de alguns, mas a minha, a tua, a nossa. Caminhar com o nosso povo, por vezes à frente, por vezes no meio e outras atrás: à frente, para guiar a comunidade; no meio, para animar e sustentar; atrás, para a manter unida, a fim de que ninguém se atrase demais, para a conservar unida e também por outro motivo: porque o povo intui! Tem a sensibilidade para encontrar novas sendas para o caminho”... assim nos dirá Francisco.
Termino com um poema: SE[1].
Se os olhos não alcançam os abraços
Se os abraços não acolhem os beijos
Se os beijos são frios demais
Nunca se estará em paz
Se os passos não fazem o caminho
Se o caminho não conduz ao fim
Se o fim está longe demais
Nunca se estará em paz
Pra que chorar sem sofrer
Pra que sofrer sem tentar
Cada acerto é o resultado do erro
Que se pode ou não realizar


Emerson Sbardelotti
Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.




[1] TAVARES, Emerson Sbardelotti. Utopia Poética. São Leopoldo: CEBI, 2007.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

QUEM ESTÁ CONTRA FRANCISCO?

QUEM ESTÁ CONTRA FRANCISCO?


Não sou de olhar sites e páginas de fundamentalistas e fanáticos religiosos, muito menos de ultraconservadores da Igreja Católica Apostólica Romana; mas, devido a boatos que a cada dia observo que estão aumentando nas redes sociais, comecei a reparar tais páginas e sites e ler suas publicações.
Me assustei com tamanha raiva e indignação contra o Bispo de Roma.
Os curtidores e seguidores de tais páginas e sites não escondem sua decepção com os rumos que o Papa Francisco está aplicando na Igreja. Percebo que eles se sentem órfãos com a morte de João Paulo II e com a renúncia de Bento XVI.
O Papa vindo do fim do mundo tem incomodado muitas pessoas fora da Igreja e  criado muitos inimigos dentro dela. Não é a toa que ele nos pede diariamente para que rezemos por ele.
Vendo suas fotos de um ano atrás e as recentes publicadas no site do Vaticano, tenho a impressão que o padre Bergoglio envelheceu demais, ele, porém, sempre com um sorriso, diz que o trabalho é árduo mas que está gostando, assim seja. 
As más línguas dizem que ele não fará um pontificado longo e esperam que não consiga realizar as mudanças que almeja.
Inclusive um dos sites que visitei para ver com meus próprios olhos as inverdades, as loucuras, os devaneios contra o Papa Francisco, dizia assim, em um comentário fundamentalista: "Será que é pecado pedir a Deus que este papado termine logo?"
A pessoa está pedindo a morte do Papa! É isso mesmo, ou entendi errado?
Como que uma criatura dessa pode ainda entrar na fila da comunhão e bater no peito e dizer que é católico?
Para pessoas com esse tipo de pensamento é muito complicado abrir mão do poder e colocar em seu lugar o carisma.
Este Papa tem um projeto de refundação da Igreja! Isto é o que significa o seu nome: Francisco.
Este Papa se orienta apenas por um livro: o Evangelho de Jesus de Nazaré.
Este Papa prega uma Igreja da Misericórdia ao invés da punição; uma Igreja do Carisma ao invés do poder; uma Igreja da Opção pelos Pobres ao invés do lucro do mercado.
Ele afirma sem medo que a desigualdade é a raiz dos males sociais, e está corretíssimo. Vai além quando pede políticas públicas para reduzir a pobreza e as desigualdades sociais.
Nos dois papados anteriores ao de Francisco, se tinha um cenário de Igreja que dialogava com cismáticos, aqueles que negaram e negam o Concílio Vaticano II, por conseguinte não respeitaram e não respeitam nenhuma orientação que foi dada após este evento, e só souberam e sabem criticar e atrapalhar a caminhada; em contrapartida, estes papados não se esforçaram para dialogar com os teólogos e teólogas da libertação, foram mais de 20 anos, de perseguições, notificações, censuras...e pasmem, tais teólogos e teólogas nunca se desligaram da Igreja, alguns abandonaram o ministério ordenado, mas ainda hoje, é muito fácil de encontrá-los trabalhando e se doando a uma comunidade eclesial de base, a uma pastoral social, a um movimento social, ensinando numa universidade ou em cursos de teologia para leigos. 
Foi preciso um Papa da América Latina e do Caribe fazer esta reaproximação. Reaproximação que tem provocado erupções vulcânicas dentro das paredes do Vaticano e nas Conferências Episcopais espalhadas pelo mundo.
Infelizmente são vários os inimigos que Francisco está colecionando, estes não irão confronta-lo diretamente, mas farão a política da inércia: o Papa fala, escreve, pede, mas o cara deixa entrar por um ouvido e sair pelo outro e não faz nada - essa é a melhor maneira de acabar com um projeto; porém, ele também está colecionando vários amigos e amigas, pessoas que haviam se afastado da Igreja por conta do direcionamento anterior, viram que este Papa quer reencontra-los, quer abraça-los, sem distinção, sem discriminação.
Peço a você que está lendo este texto, que hoje, na hora de dormir, ou naquela folga no seu emprego, reze a Deus para ajudar e fortalecer o querido Papa Francisco.
Da nossa parte, poderemos formar grupos de apoio ao Papa: trabalhando em nossas comunidades eclesiais de base, junto às pastorais sociais, estudando a Evangelli Gaudium, conhecendo um pouco mais o Jesus Histórico e perceber que Francisco não tem feito outra coisa, do que colocar na prática os ensinamentos do Moreno de Nazaré.
Faça sua parte, se engaje em uma pastoral social, crie grupos de debate, questione. O Papa quer que sejamos revolucionários, que estejamos em movimento, que possamos ir para a rua e que tenhamos nós também o cheiro das ovelhas.
Que a Indígena Guadalupe, que a Negra Aparecida e São João XXIII intercedam a Deus pelo Papa Francisco e por nós que desejamos uma Igreja a cada dia mais profética e comprometida com a defesa constante da Vida e com a opção evangélica pelos pobres.

Emerson Sbardelotti
Mestre em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
Bacharel em Teologia pelo Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo. 
Licenciado em História pelo Centro Universitário São Camilo, Vitória - ES.
Bacharel em Turismo pela Faculdade de Turismo de Guarapari - ES.
Autor de O Mistério e o Sopro - roteiros para acampamentos juvenis e reuniões de grupos de jovens. Brasília: CPP, 2005 (www.cpp.com.br).
Autor de Utopia Poética. São Leopoldo: CEBI, 2007 (www.cebi.org.br).
Correio eletrônico: est_capixaba@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de maio de 2014

I ENCONTRO NACIONAL DE JUVENTUDES E ESPIRITUALIDADE LIBERTORA

SE QUEREM CONTINUAR COM A TEOLOGIA E A ESPIRITUALIDADE DA LIBERTAÇÃO...BUSQUEM OS POBRES!



Emerson Sbardelotti Tavares[1]

            Me pediram para escrever um texto falando sobre a experiência de estar no I Encontro Nacional de Juventudes e Espiritualidade Libertadora, que aconteceu dos dias 01 a 04 de maio de 2014, na Faculdade Católica do Ceará (Seminário da Prainha), próximo à Praia de Iracema, em Fortaleza, no Ceará, o que faço com imenso prazer, pois passado já alguns dias do seu encerramento, posso olhar para o evento e constatar feliz que participei de um momento histórico e único na história da Igreja Católica, num local sagrado, pois ali estudaram, Padre Cícero, D. Hélder Câmara e D. Aloísio Cardeal Lorscheider.
            Me recepcionou no aeroporto, no dia 30 de abril de 2014, o querido padre Emílio Castelo, que me contou um pouco da realidade da paróquia que administra e do trabalho que desenvolve em um hospital na cidade de Fortaleza.
            Já no credenciamento no dia 01 de maio, a equipe nos recebeu com sorrisos e abraços fraternais, resolvendo os problemas com a hospedagem e a troca de oficinas. Aproveitei para rever João Facundo, um amigo querido que fiz no Congresso Continental de Teologia, que aconteceu dos dias 7 a 11 de outubro de 2012, na Unisinos, em São Leopoldo-RS, onde sonhávamos juntos com um Encontro Nacional de Novos Teólogos da Libertação (acredito que isso ainda bata forte em nosso peito, não é mesmo João?).
            Quando eu estava indo embora vem ao meu encontro a querida cantora da caminhada Eliahne Brasileiro, junto com a indígena Natália Tatanka; depois dos abraços e beijos, a Eliahne me convidou para fazer parte da Equipe de Animação, fiquei feliz com o convite e aceitei no ato, indo logo para a sala onde acontecia o ensaio. Ao encerrar o ensaio fui depressa no local onde eu estava hospedado, pois a abertura do evento se aproximava. Às 16 horas em ponto, lá estava eu com a Equipe de Animação levantando a galera, e passando os cânticos que seriam usados na celebração daquele dia. Era muita emoção, e eu ali vendo aquela juventude chegando de vários cantos do país, com sorrisos, olhos brilhando e fiel esperança.
            Na conferência de abertura o monge beneditino Marcelo Barros e o frei Betto, conversaram sobre a Espiritualidade Libertadora Hoje, mas não deixaram de falar um pouco de suas ricas experiências com D. Hélder Câmara e com frei Tito, e da conversa ligeira que frei Betto teve com o bispo de Roma, o papa Francisco. E findou o primeiro dia. E a juventude saiu para curtir a noite quente de Fortaleza no centro cultural Dragão do Mar que em vários locais oferecia os mais variados shows musicais.
            Na sexta-feira, dia 02 de maio, na chegada dos participantes, íamos entoando cânticos populares e sócio religiosos para que a galera fosse se enturmando ainda mais; após a celebração da manhã em que frei Betto, emocionado deu seu testemunho sobre o período em que foi preso e que na cadeia conviveu com frei Tito e leu uma parte do diário em que o frei contava como havia sido torturado. Todos nós choramos juntos com o frei Betto em determinado momento da leitura. Frei Tito vive em nós!
No auditório tivemos uma recordação do dia anterior, com o padre Manfredo e logo em seguida uma mesa de discussão com representantes de movimentos juvenis, onde os mesmos puderam falar um pouco de suas vivências e expectativas para o Encontro Nacional de Juventudes e Espiritualidade Libertadora.
Na parte da tarde partimos para as oficinas. A minha foi a de Espiritualidade Libertadora e Literatura de Cordel com Fernando Paixão.
Depois do jantar, aconteceu a apresentação de um grupo de maracatu; vários jovens se dirigiram após a apresentação ao Dragão do Mar para aproveitarem as atrações culturais.
No sábado, dia 03 de maio, celebramos a Páscoa de D. Tomás Balduíno e também a Páscoa do padre Joao Batista Libanio.
O monge Marcelo Barros falou da convivência com D. Tomás Balduíno e do amor que este tinha para com todos que estavam ao seu redor e como ele se colocava sempre em caminhada mesmo por vezes estando doente.
Não aguentei a emoção e precisei me retirar para chorar por estes dois amigos queridos, que com certeza estão ao lado do Moreno de Nazaré.
Como me disse o missiólogo da libertação Paulo Suess: "É tempo de Páscoa. As árvores que deram muitos frutos caíram, deixaram clareiras pelas quais a luz entra novamente na selva da Vida e faz brotar árvores jovens como você, como vocês. É Páscoa!".
É tempo de brotar árvores jovens!
Emocionado como estou agora, isso me faz ver, o quanto sou responsável também por uma Teologia Missionária e da Libertação.
Como me disse hoje o querido Leonardo Boff: "Não deixe de dizer as verdades que lhe vêm ao coração e à alma. Elas são verdades. Se lhe caluniam, se lhe dizem que você é persona non grata, saiba que disseram isso também a Jesus de Nazaré. Faça como faz o nosso Papa Francisco: use o Evangelho. Eles, elas, não terão argumentos para dizerem que você está errado!".
É tempo de brotar árvores jovens!
E fomos para o auditório onde animamos a galera e preparamos os 400 participantes para a conferência de Leonardo Boff. Conferência esta que seria partilhada com João Batista Libanio. De certa maneira o querido jesuíta estava ali com a gente e deve ter gostado do que viu e ouviu.
Leonardo Boff foi muito simpático, atencioso, bondoso e ressaltou sua profunda esperança de uma Igreja navio que parte para outros mares, que está sendo colocada em marcha pelo Papa Francisco. Falou da força da juventude, que ela não precisa pedir permissão para reivindicar e ser revolucionária. E se a juventude quer continuar com a Teologia da Libertação, com a Espiritualidade da Libertação, ela deve buscar os pobres. Fora dos pobres não há salvação, já diria o jesuíta Jon Sobrino. Partimos para o almoço.
A tarde iniciou com os trabalhos nas oficinas. A nossa produziu o seguinte Cordel que deveria ser cantado com uma linda toada, mas não tivemos tempo, e foi apenas recitado no último dia do Encontro:

CORDEL E ESPIRITUALIDADE

O nosso Primeiro Encontro
Nacional de Juventudes
E Espiritualidade
Nos convida à atitudes
Que sejam libertadoras
Como principais virtudes.

Ele uniu as Juventudes
De diversas regiões
Que veio trazer à pauta
Profundas reflexões
Que foram compartilhadas
Entre as duas gerações.

Juventudes seguem juntas
Fiquem todos à vontade
Tragam todo o seu amor
A bondade e a humildade
Para construirmos juntos
A nova sociedade.

Senhores eu vou pedir
Atenção pois vou falar
Do nosso encontro de jovens
Vindos de todo lugar
Com esperança e com fé
Pra Igreja refundar.

O Frei Betto e o Marcelo
Chamados a partilhar
A espiritualidade
Usadas pra libertar
Neste mundo desigual
Que precisamos mudar.

Quando prenderam Frei Betto
Sem dó e sem piedade
As grades não lhe roubaram
Nem a sua liberdade
Nem a sua devoção
Nem a espiritualidade.

Somos jovens sonhadores
A luta vamos vencer
Estamos todos unidos
Pra mudança acontecer
Caminhando todos juntos
Para a Deus agradecer.

Somos jovens conscientes
Nós gostamos das culturas
Relatamos no cordel
Nossos sinais de bravuras
E saímos pelo mundo
Revivendo as aventuras.

Leonardo Boff disse
Com a luz da sua crença
Que os jovens não precisam
Pedir nenhuma licença
Para lutar por justiça
E fazer a diferença.

Fernando Paixão pediu
Para um cordel preparar
Falar de jovens reunidos
Vindos de todo lugar
Estamos todos felizes
Por Deus nos abençoar.

Juventudes se encontram
E vimos quanta beleza
Juntos nos tornamos um
É o Reino com certeza
De um a quatro de maio
Na cidade Fortaleza.

Oficina de Espiritualidade e Literatura de Cordel
I Encontro Nacional de Juventudes e Espiritualidade Libertadora
Oficineiro: Fernando Paixão
02 e 03 de maio de 2014
           
            Após o jantar fizemos uma linda celebração onde saímos com candeeiros e ou lamparinas nas mãos pelas ruas próximas ao local do encontro em direção à Praia de Iracema. As pessoas iam se levantando nos bares e aplaudindo; de dentro dos ônibus algumas jovens perguntavam a quem estava na procissão o que estava acontecendo. E aquelas 400 pessoas iam cantando, numa crescente onda, cantos da caminhada.
            Ao chegarmos na praia foi feita uma grande roda e depois pequenos círculos onde foram partilhados peixes fritos e tapioca com água de coco. Voltamos para as casas que nos acolhiam.
          No domingo vieram as apresentações das oficinas, a celebração de encerramento com a leitura da carta oficial do Encontro.
          Ficou o gosto de querer mais. Espero que em breve tenhamos um II Encontro Nacional de Juventudes e Espiritualidade Libertadora.





[1] Mestrando em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Bacharel em Teologia pelo Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo; Licenciado em História pelo Centro Universitário São Camilo, Vitória-ES; Bacharel em Turismo pela Faculdade de Turismo de Guarapari – ES; autor do livro O Mistério e o Sopro – roteiros para acampamentos juvenis e reuniões de grupos de jovens. Brasília: CPP, 2005 (www.cpp.com.br); autor de Utopia Poética. São Leopoldo: CEBI, 2007 (www.cebi.org.br); correio eletrônico: est_capixaba@yahoo.com.br. 

sexta-feira, 21 de março de 2014

ABRAÇOS COM FRATERNURA

Ipiranga, 19 de março de 2014.

Paz e bem!

         É com alegria que estou vivendo no bairro Ipiranga, do município de São Paulo, desde o dia 17 de fevereiro deste ano, por conta do Mestrado em Teologia Sistemática, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, campus Ipiranga.
         As muitas horas de estudo não conseguem tirar do meu peito a saudade que sinto das pessoas da Comunidade Eclesial de Base Nossa Senhora de Fátima, Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Cobilândia; dos alunos e colegas de magistério da Escola Teológica Santo Alberto Magno e da Equipe de Círculos Bíblicos, Paróquia Nossa Senhora das Graças – Coqueiral de Itaparica e da minha Família, que está aí em Vila Velha/ES, das amigas e amigos do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, da Pastoral da Juventude, das CEBs. Peço que continuem fazendo suas orações por mim.
         Tenho estudado muito, a semana toda, pois quero concentrar todos os esforços na pesquisa que estou realizando. O tema é A OPÇÃO PELOS POBRES NA OBRA DE PATATIVA DO ASSARÉ. Dentro da área Teologia  e Literatura. O meu orientador é o Padre Dr. Antonio Manzatto.
         Neste primeiro mês de pós-graduação, já apresentei duas resenhas que serão publicadas nas revistas da PUC IPIRANGA, apresentei um artigo científico sobre Juventude e Espiritualidade da Libertação, e aguardo a resposta se será publicado; ontem já recebi o aceite do meu pré-projeto, agora é começar a escrever o primeiro capítulo da dissertação. Como podem ver, é muita coisa em pouco tempo e ainda há mais para vir.
         Desejo que o Deus da Vida continue abençoando a todos, todas, vocês.
         Que o Moreno de Nazaré sempre faça vocês felizes.
      Se mantenham felizes e fieis na esperança, na humildade, na misericórdia e no amor. Não deixem a profecia cair!

         Abraços com fraternura.

Emerson Sbardelotti Tavares


 Festa de São José, esposo da Virgem, protetor do Salvador.