ICJ/ES - INSTITUTO CAPIXABA DE JUVENTUDE / ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
3º. DOMINGO DO TEMPO COMUM – 25.01.2009
“CUMPRIU-SE O PRAZO E ESTÁ PRÓXIMO O REINADO DE DEUS”
“É missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir a sua voz!” Zé Vicente – Cd Nas Horas de Deus Amém - Paulinas.
Para início de conversa
As primeiras palavras de Jesus, o seu programa, a sua pedagogia e sua prática libertadora aparece no Evangelho de Marcos a partir de uma vaga indicação de tempo: a prisão de João Batista; de espaço: ele se dirigiu do deserto, onde pode fazer o discernimento de sua missão, para a Galiléia onde segundo o texto bíblico proclamou a boa notícia de Deus.
Caminhamos na estrada de Jesus e a cada domingo deste Tempo Comum, o Evangelho de Marcos tem a preocupação de mostrar quem é Jesus. A cada passo que damos ao proclamarmos e refletirmos o Evangelho, a obra vai revelando quem é Jesus. É a oportunidade de fazermos uma revisão de vida para conhecermos e entendermos o que significa ser cristão hoje em dia, e qual a nossa missão enquanto membros da comunidade eclesial?
O que incendeia o início do trabalho pastoral de Jesus é o entusiasmo. Jesus deveria ser contagiante. Ele quase não pára. Está sempre andando, se movimentando. No Evangelho de hoje ele está na praia, nos próximos domingos ele estará na estrada, na montanha, no deserto, no barco, entrando e saindo de sinagogas, nas casas, nos povoados, em toda a Galiléia. E os discípulos e as discípulas com ele, por todo canto. É o que chamamos de entusiasmo do primeiro amor.
Jesus é um carpinteiro agricultor, mas o chamado é feito a beira do lago, e foi crescendo, até receberem dele a plena participação na missão.
Contextualizando a vida com o Evangelho do Dia do Senhor – Mc 1, 14 - 20.
Para início de conversa
As primeiras palavras de Jesus, o seu programa, a sua pedagogia e sua prática libertadora aparece no Evangelho de Marcos a partir de uma vaga indicação de tempo: a prisão de João Batista; de espaço: ele se dirigiu do deserto, onde pode fazer o discernimento de sua missão, para a Galiléia onde segundo o texto bíblico proclamou a boa notícia de Deus.
Caminhamos na estrada de Jesus e a cada domingo deste Tempo Comum, o Evangelho de Marcos tem a preocupação de mostrar quem é Jesus. A cada passo que damos ao proclamarmos e refletirmos o Evangelho, a obra vai revelando quem é Jesus. É a oportunidade de fazermos uma revisão de vida para conhecermos e entendermos o que significa ser cristão hoje em dia, e qual a nossa missão enquanto membros da comunidade eclesial?
O que incendeia o início do trabalho pastoral de Jesus é o entusiasmo. Jesus deveria ser contagiante. Ele quase não pára. Está sempre andando, se movimentando. No Evangelho de hoje ele está na praia, nos próximos domingos ele estará na estrada, na montanha, no deserto, no barco, entrando e saindo de sinagogas, nas casas, nos povoados, em toda a Galiléia. E os discípulos e as discípulas com ele, por todo canto. É o que chamamos de entusiasmo do primeiro amor.
Jesus é um carpinteiro agricultor, mas o chamado é feito a beira do lago, e foi crescendo, até receberem dele a plena participação na missão.
Contextualizando a vida com o Evangelho do Dia do Senhor – Mc 1, 14 - 20.
Jesus foi para o deserto, inspirado pelo Espírito Santo para fazer um discernimento, quando retorna de lá se encaminha para a Galiléia onde dará início ao seu plantio da boa notícia. Ele mesmo confirma: “Cumpriu-se o prazo e está próximo o reinado de Deus: arrependei-vos e crede na boa notícia.”
Está próximo, efetiva e afetivamente, o reinado de Deus. Arrependimento e fé são alicerces da comunidade, do mutirão, que escreve o Evangelho de Marcos.
O momento central do Evangelho: o chamado dos discípulos.
O chamado é soberano, o seguimento é imediato e incondicional. Para a tradição da Igreja é modelo de toda vocação cristã e apostólica.
Eles são pescadores e estão trabalhando. Jesus passa e chama, eles largam tudo e o seguem: largam o ofício, os barcos, a família. Seguir Jesus supõe ruptura, mudança de paradigmas. A partir deste momento, um grupo é formado, uma comunidade itinerante é formada. E eles o acompanham por todos os lugares, vão na casa dele, convivem com ele, e vão inclusive até Nazaré a terra dele. A convivência se torna íntima e familiar. Ele apelida alguns deles.
João Batista foi preso por ter incomodado a Herodes Antipas, por ter mexido com os interesses e privilégios dos poderosos. Jesus também não se deixará intimidar pelos poderosos, pelo contrário, lutará contra todos os mecanismos que fazem brotar a morte para o povo. A Galiléia é o chão, o lugar social onde Jesus inicia sua atividade. Uma região onde todas as culturas se misturavam, por se tratar de passagem para outros territórios e por ser terra de livre comércio, portanto, marginalizada, por grande parte dos judeus que viviam nos arredores de Jerusalém, pelos saduceus, fariseus e escribas. Era lugar de gente sem valor e impura aos olhos da classe dominante. É a partir desta gente excluída que Jesus anuncia sua prática, sua pedagogia, o seu programa de vida em três momentos: 1. O tempo já se cumpriu, portanto, a espera da libertação chegou ao fim. 2. O reinado de Deus está próximo, pois seus discípulos e discípulas praticam atos libertadores continuando assim o que o Mestre anunciou e fez. 3. A conversão e a fé na boa notícia, leva a comunidade se tornar realidade e firmar um compromisso com a vida.
Eis que surge no horizonte uma pergunta que incomoda a todos, todas nós hoje: como dizer sim à boa notícia de Jesus?
Em nossas comunidades aumentou ou diminuiu o número de cristãos que dizem sim?
A acolhida proporcionada em nossas comunidades corresponde ao chamado que o Mestre sempre nos faz?
É missão de todos, de todas nós fazer com que o chamado do Mestre chegue a todos os cantos de nossas paróquias hoje em dia, por todo o bairro, município, estado, país e continente. Chamado que respeita a personalidade e a individualidade de cada um, de cada uma.
Simão, André, Tiago e João lançavam as redes no mar, e o Mestre proporcionou a eles serem pescadores de seres humanos. Não falou para se tornarem carpinteiros ou agricultores como ele, mas aproveitou neles o que tinham de melhor em sua profissão. Pescar seres humanos é muito diferente de pescar simplesmente. É um novo caminho a ser percorrido, a ser experimentado; foram com ele, se familiarizaram com ele e se tornaram sua família.
Qual caminho estamos experimentando hoje? Qual caminho a comunidade está experimentando hoje? Até aonde chegará o nosso seguimento?
Qual é a mudança que este chamado de Jesus proporciona em cada um, cada uma de nós?
A alguns anos eu estive na casa de D. Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia – MT, numa de nossas conversas e conspirações divinais, ao nos dirigirmos para a Capela, onde se guarda no sacrário, uma parte da estola ensanguentada do mártir Monsenhor Oscar Romero, D. Pedro comentou me abraçando e olhando para o sacrário: “O caminho se faz caminhando. Só se caminha tropeçando nas pedras que encontramos. Só se caminha, levantando e fazendo outros se levantarem”... guardei estas palavras no meu coração e quando voltei, até hoje, tento com todas as minhas forças, colocar em prática o chamado, a missão e o escutar/auscultar a voz de Deus.
Emerson Sbardelotti
Autor de O MISTÉRIO E O SOPRO – roteiros para acampamentos juvenis e reuniões de grupos de jovens. Brasília: CPP, 2005.
Autor de UTOPIA POÉTICA. São Leopoldo: CEBI, 2007.
Membro do Grupo de Assessores da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo.
Msn: emersonpjbes@hotmail.com
Blog: http://omisterioeautopia.blogspot.com/
Ilustração de Maximino Cerezo Marredo (http://servicioskoinonia.org/cerezo/)
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