Evangelho do Dia (09/08/2016) - Edith Stein, filósofa judia e monja cristã, mártir, Polônia, 1942. Bomba atômica lançada pelos EUA destrói Nagazaki, Japão, 1945 - Mt 18, 1-5.10.12-14*:
"Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 'Quem é, então, o maior no Reino dos Céus?'. Ele, chamando uma criança para perto de si, colocou-a no meio deles e disse: 'Amém, eu vos digo: se não mudardes e não vos tornardes como crianças, nunca entrareis no Reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus; e aquele que acolher uma criança como esta em meu nome, a mim acolhe. Cuidado para não mostrar desprezo a um destes pequenos! Eu vos digo que seus anjos, nos céus, continuamente veem o rosto do meu Pai, que está nos céus. Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixará ele as noventa e nove nos montes para ir à procura da extraviada? E, se consegue encontrá-la, eu vos asseguro, se alegrará mais por essa do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo modo, vosso Pai, que está nos céus, não quer que se perca nenhum desses pequenos'".
No Evangelho de hoje, há várias instruções para a comunidade. A temática central é a atenção devida aos pequenos, necessitados, ofensores, extraviados. É grande o valor dado à humildade, a compreensão, o perdão mútuo e a reconciliação. Jesus de Nazaré responde a uma pergunta colocando como exemplo uma criança. O termo grego paidíon, além da idade, pode denotar o ofício: menino, criança, criado ou servente. Na cultura de sua época, toda criança tinha uma situação social inferior. Era pouca coisa, assumia uma posição social baixa. A criança colocada no centro por Jesus é uma presença simbólica: no Reino dos Céus todos serão pequenos, filhos de Deus, essa será sua grandeza. Os discípulos deveriam assumir a situação de uma criança se desejavam entrar no Reino dos Céus: deveriam se humilhar, deveriam se tornar pouca coisa. Acolher a Jesus de Nazaré é realizar esta mudança de vida. Ninguém na História do Povo de Deus viu o rosto de Deus. Jesus porém tem acesso pessoal ao Pai. A imagem do pastor e suas ovelhas é comum no Primeiro Testamento; no Segundo Testamento, Jesus a retoma várias vezes para explicar que a preocupação por uma vida extraviada deve ser uma atitude da comunidade, que tomará todas as providências para que a vontade de Deus seja implantada entre seu povo. As ovelhas reconhecem o seu pastor. Neste dia recordo as palavras de Santa Edith Stein: "A essência mais íntima do amor é a doação. Deus, que é amor, dá-se à criatura que Ele mesmo criou por amor. Há circunstâncias em que nos entendemos mais facilmente sem palavras. Uma coisa é certa, que vivamos no momento e no lugar presentes para alcançar a nossa salvação e a daqueles que nos foram confiados. Quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba". O mundo está em guerra como nos recorda o Papa Francisco, porém insistimos que a Paz e o Amor sejam maiores que as bombas.
Emerson Sbardelotti
* A BÍBLIA - NOVO TESTAMENTO. São Paulo: Paulinas, 2015.
** Foto: Emerson Sbardelotti
6 comentários:
Obrigada por compartilhar seus conhecimentos, me recordo das nossas formações para colaborar no folheto Caminhada e no roteiro da Partilha da Palavra.
Obrigado Patrícia. Época maravilhosa aquela do Folheto Caminhada. Saudades. Continue lendo, rezando e compartilhando.
Parabéns amigo. É sempre bom lembrar dessas palavras. Abraços.
Meu amigo obrigado...espero que esteja te ajudando.
Obrigada por sua abertura ao Projeto do Senhor. Esse jeito de refletir a Palavra, trazendo a mensagem da escolha de Jesus pelos pobres e marginalizados faz a fé ter mais sentido e ajuda a lutar por um mundo melhor, com dignidade, justiça e igualdade. Louvado seja o Senhor.
Obrigada por sua abertura ao Projeto do Senhor. Esse jeito de refletir a Palavra, trazendo a mensagem da escolha de Jesus pelos pobres e marginalizados faz a fé ter mais sentido e ajuda a lutar por um mundo melhor, com dignidade, justiça e igualdade. Louvado seja o Senhor.
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