terça-feira, 9 de agosto de 2016

Evangelho do Dia (09/08/2016)



Evangelho do Dia (09/08/2016) - Edith Stein, filósofa judia e monja cristã, mártir, Polônia, 1942. Bomba atômica lançada pelos EUA destrói Nagazaki, Japão, 1945 - Mt 18, 1-5.10.12-14*:

"Naquele momento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 'Quem é, então, o maior no Reino dos Céus?'. Ele, chamando uma criança para perto de si, colocou-a no meio deles e disse: 'Amém, eu vos digo: se não mudardes e não vos tornardes como crianças, nunca entrareis no Reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus; e aquele que acolher uma criança como esta em meu nome, a mim acolhe. Cuidado para não mostrar desprezo a um destes pequenos! Eu vos digo que seus anjos, nos céus, continuamente veem o rosto do meu Pai, que está nos céus. Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixará ele as noventa e nove nos montes para ir à procura da extraviada? E, se consegue encontrá-la, eu vos asseguro, se alegrará mais por essa do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo modo, vosso Pai, que está nos céus, não quer que se perca nenhum desses pequenos'".

No Evangelho de hoje, há várias instruções para a comunidade. A temática central é a atenção devida aos pequenos, necessitados, ofensores, extraviados. É grande o valor dado à humildade, a compreensão, o perdão mútuo e a reconciliação. Jesus de Nazaré responde a uma pergunta colocando como exemplo uma criança. O termo grego paidíon, além da idade, pode denotar o ofício: menino, criança, criado ou servente. Na cultura de sua época, toda criança tinha uma situação social inferior. Era pouca coisa, assumia uma posição social baixa. A criança colocada no centro por Jesus é uma presença simbólica: no Reino dos Céus todos serão pequenos, filhos de Deus, essa será sua grandeza. Os discípulos deveriam assumir a situação de uma criança se desejavam entrar no Reino dos Céus: deveriam se humilhar, deveriam se tornar pouca coisa. Acolher a Jesus de Nazaré é realizar esta mudança de vida. Ninguém na História do Povo de Deus viu o rosto de Deus. Jesus porém tem acesso pessoal ao Pai. A imagem do pastor e suas ovelhas é comum no Primeiro Testamento; no Segundo Testamento, Jesus a retoma várias vezes para explicar que a preocupação por uma vida extraviada deve ser uma atitude da comunidade, que tomará todas as providências para que a vontade de Deus seja implantada entre seu povo. As ovelhas reconhecem o seu pastor.  Neste dia recordo as palavras de Santa Edith Stein: "A essência mais íntima do amor é a doação. Deus, que é amor, dá-se à criatura que Ele mesmo criou por amor. Há circunstâncias em que nos entendemos mais facilmente sem palavras. Uma coisa é certa, que vivamos no momento e no lugar presentes para alcançar a nossa salvação e a daqueles que nos foram confiados. Quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba". O mundo está em guerra como nos recorda o Papa Francisco, porém insistimos que a Paz e o Amor sejam maiores que as bombas.

Emerson Sbardelotti

* A BÍBLIA - NOVO TESTAMENTO. São Paulo: Paulinas, 2015.

** Foto: Emerson Sbardelotti

6 comentários:

Unknown disse...

Obrigada por compartilhar seus conhecimentos, me recordo das nossas formações para colaborar no folheto Caminhada e no roteiro da Partilha da Palavra.

Emerson Sbardelotti disse...

Obrigado Patrícia. Época maravilhosa aquela do Folheto Caminhada. Saudades. Continue lendo, rezando e compartilhando.

Max Gasperazzo. disse...

Parabéns amigo. É sempre bom lembrar dessas palavras. Abraços.

Emerson Sbardelotti disse...

Meu amigo obrigado...espero que esteja te ajudando.

Teresa Cristina Alves disse...

Obrigada por sua abertura ao Projeto do Senhor. Esse jeito de refletir a Palavra, trazendo a mensagem da escolha de Jesus pelos pobres e marginalizados faz a fé ter mais sentido e ajuda a lutar por um mundo melhor, com dignidade, justiça e igualdade. Louvado seja o Senhor.

Teresa Cristina Alves disse...

Obrigada por sua abertura ao Projeto do Senhor. Esse jeito de refletir a Palavra, trazendo a mensagem da escolha de Jesus pelos pobres e marginalizados faz a fé ter mais sentido e ajuda a lutar por um mundo melhor, com dignidade, justiça e igualdade. Louvado seja o Senhor.