HISTÓRIA ANTIGA QUE ESCUTEI DOS ANTIGOS
Ele entrou na cidade montado num burrinho...
Sem coroa, sem cetro, sem algum poder real.
Mantos, ramos e palmeiras eram vistos pelo caminho, até as pedras gritaram e as crianças aplaudiram.
As mulheres e os homens, desde a Galiléia acompanhavam, os inimigos estavam vigiando para capturá-lo e o fariam em breve e se cumpriria a profecia.
No banquete da despedida Ele se transformou em vinho e em pão, alimentos daquela época, daquela nação:
TOMAI O MEU SANGUE, COMEI O MEU CORPO, FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM!
Abaixou-se, de um a um, lavou os pés, enxugou e beijou.
No final insistiu que o que tinham visto se repetisse sempre, pois não estariam com Ele se não fizessem o que foi ensinado.
Mas o traidor se afastou do grupo e dos inimigos se aproximou, vendeu a sua salvação por 30 moedas e por um beijo no carpinteiro, e junto com soldados foram atrás do tumultuador.
Ele no jardim com os demais companheiros que dormiam,
enquanto rezava e conversava com o Pai que nada dizia, insistia para que os companheiros se mantivessem atentos aos inimigos da luz, mas chegava a sua hora e eles estavam no jardim... o traidor com um beijo o entregou.
Seus companheiros fugiram...como ovelhas sem pastor...
Foi levado, questionado, insultado e maltratado...um dos seus companheiros o negará por 3 vezes antes do galo cantar e o traidor devolverá as 30 moedas e se enforcará.
O procurador romano tentará soltá-lo não vendo culpa nele mas o ódio das elites era grande demais.
Mas o que é a verdade?
Bateram muito nele, caçoaram muito dele, presentearam-no com um manto e com uma coroa de espinhos, no final o procurador romano lavou suas mãos e o mandou crucificar.
Ele com uma cruz nos braços seguiu pelos caminhos que antes havia anunciado a paz, a fraternidade e a esperança, apanhando e tendo que continuar, viu que mulheres choravam a cada tropeço e a cada caída.
Foi despido de suas vestes, dividiram-nas num jogo de sorte.
Cuspiram nele, zombaram dele, não creram nele, mesmo assim pediu para que o Pai os perdoasse, pois não sabiam o que faziam.
Pediu um pouco de água, lhe deram vinagre.
Com falta de ar veio a falecer pregado ao madeiro.
Um soldado rasgou-lhe o seu lado direito e a cortina do Templo rasgou de cima a baixo.
As mulheres que ali ficaram choravam enquanto o tiravam da cruz.
Sua mãe o apoiou em seu colo e tocando-lhe os cabelos ensaguentados o beijou, e o puxou para si, dando um grande grito de dor.
Limparam-lhe o corpo, o perfumaram com mirra e o embrulharam em lençóis...colocaram-no numa sepultura novinha...rolaram a pedra e selaram a entrada.
Os pássaros ainda não haviam cantado no e as mulheres voltaram ao túmulo para perfumarem o Mestre; encontraram dois jardineiros com roupas muito brancas e brilhantes, eles diziam que aquele que procuravam não estava mais ali mas que havia ressuscitado e as esperavam com o resto do grupo na Galiléia.
Elas voltaram e contaram ao grupo, mas estes não acreditaram. Dois deles correram até o túmulo, viram tudo como elas haviam dito e voltaram assustados.
Depois chegou mais um casal, que haviam ido para Emaús e agora retornavam dizendo que Ele havia aparecido para eles, relembrado toda a história de Israel e que aquilo queimava o coração deles, mas na fração do pão o reconheceram e ele sumiu, havia ido para dentro deles e os dois voltaram para anunciar a novidade.
Um deles não estava presente quando Ele apareceu:
A PAZ ESTEJA COM VOCÊS!
Por isso só acreditaria quando pudesse ver e tocar as feridas nas suas mãos e no seu lado com suas próprias mãos e
isso não demorou acontecer...outros acreditaram sem precisarem ver e sem precisarem tocar.
Por mais alguns dias Ele continuou a preparar os seus amigos e amigas para os desafios que iriam enfrentar frente ao povo, frente aos líderes, frente ao Império.
E foi desaparecendo no imenso céu azul na frente dos olhos deles, na frente dos olhos delas.
Mas não ficaram ali parados...não ficaram.
Hoje recontando o que ouvi dos antigos entendi que quando temos um compromisso com a defesa da vida, a morte não é forte o suficiente para nos enfrentar.
Emerson Sbardelotti
Estudante do Curso Superior de Teologia do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo
Turismólogo
Autor de O MISTÉRIO E O SOPRO – roteiros para acampamentos juvenis e reuniões de grupos de jovens. Brasília: CPP, 2005.
Autor de UTOPIA POÉTICA. São Leopoldo: CEBI, 2007.
Ele entrou na cidade montado num burrinho...
Sem coroa, sem cetro, sem algum poder real.
Mantos, ramos e palmeiras eram vistos pelo caminho, até as pedras gritaram e as crianças aplaudiram.
As mulheres e os homens, desde a Galiléia acompanhavam, os inimigos estavam vigiando para capturá-lo e o fariam em breve e se cumpriria a profecia.
No banquete da despedida Ele se transformou em vinho e em pão, alimentos daquela época, daquela nação:
TOMAI O MEU SANGUE, COMEI O MEU CORPO, FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM!
Abaixou-se, de um a um, lavou os pés, enxugou e beijou.
No final insistiu que o que tinham visto se repetisse sempre, pois não estariam com Ele se não fizessem o que foi ensinado.
Mas o traidor se afastou do grupo e dos inimigos se aproximou, vendeu a sua salvação por 30 moedas e por um beijo no carpinteiro, e junto com soldados foram atrás do tumultuador.
Ele no jardim com os demais companheiros que dormiam,
enquanto rezava e conversava com o Pai que nada dizia, insistia para que os companheiros se mantivessem atentos aos inimigos da luz, mas chegava a sua hora e eles estavam no jardim... o traidor com um beijo o entregou.
Seus companheiros fugiram...como ovelhas sem pastor...
Foi levado, questionado, insultado e maltratado...um dos seus companheiros o negará por 3 vezes antes do galo cantar e o traidor devolverá as 30 moedas e se enforcará.
O procurador romano tentará soltá-lo não vendo culpa nele mas o ódio das elites era grande demais.
Mas o que é a verdade?
Bateram muito nele, caçoaram muito dele, presentearam-no com um manto e com uma coroa de espinhos, no final o procurador romano lavou suas mãos e o mandou crucificar.
Ele com uma cruz nos braços seguiu pelos caminhos que antes havia anunciado a paz, a fraternidade e a esperança, apanhando e tendo que continuar, viu que mulheres choravam a cada tropeço e a cada caída.
Foi despido de suas vestes, dividiram-nas num jogo de sorte.
Cuspiram nele, zombaram dele, não creram nele, mesmo assim pediu para que o Pai os perdoasse, pois não sabiam o que faziam.
Pediu um pouco de água, lhe deram vinagre.
Com falta de ar veio a falecer pregado ao madeiro.
Um soldado rasgou-lhe o seu lado direito e a cortina do Templo rasgou de cima a baixo.
As mulheres que ali ficaram choravam enquanto o tiravam da cruz.
Sua mãe o apoiou em seu colo e tocando-lhe os cabelos ensaguentados o beijou, e o puxou para si, dando um grande grito de dor.
Limparam-lhe o corpo, o perfumaram com mirra e o embrulharam em lençóis...colocaram-no numa sepultura novinha...rolaram a pedra e selaram a entrada.
Os pássaros ainda não haviam cantado no e as mulheres voltaram ao túmulo para perfumarem o Mestre; encontraram dois jardineiros com roupas muito brancas e brilhantes, eles diziam que aquele que procuravam não estava mais ali mas que havia ressuscitado e as esperavam com o resto do grupo na Galiléia.
Elas voltaram e contaram ao grupo, mas estes não acreditaram. Dois deles correram até o túmulo, viram tudo como elas haviam dito e voltaram assustados.
Depois chegou mais um casal, que haviam ido para Emaús e agora retornavam dizendo que Ele havia aparecido para eles, relembrado toda a história de Israel e que aquilo queimava o coração deles, mas na fração do pão o reconheceram e ele sumiu, havia ido para dentro deles e os dois voltaram para anunciar a novidade.
Um deles não estava presente quando Ele apareceu:
A PAZ ESTEJA COM VOCÊS!
Por isso só acreditaria quando pudesse ver e tocar as feridas nas suas mãos e no seu lado com suas próprias mãos e
isso não demorou acontecer...outros acreditaram sem precisarem ver e sem precisarem tocar.
Por mais alguns dias Ele continuou a preparar os seus amigos e amigas para os desafios que iriam enfrentar frente ao povo, frente aos líderes, frente ao Império.
E foi desaparecendo no imenso céu azul na frente dos olhos deles, na frente dos olhos delas.
Mas não ficaram ali parados...não ficaram.
Hoje recontando o que ouvi dos antigos entendi que quando temos um compromisso com a defesa da vida, a morte não é forte o suficiente para nos enfrentar.
Emerson Sbardelotti
Estudante do Curso Superior de Teologia do Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo
Turismólogo
Autor de O MISTÉRIO E O SOPRO – roteiros para acampamentos juvenis e reuniões de grupos de jovens. Brasília: CPP, 2005.
Autor de UTOPIA POÉTICA. São Leopoldo: CEBI, 2007.